PRODUTIVIDADE TÓXICA: HOME OFFICE AUMENTA CASOS DE EXAUSTÃO POR EXCESSO DE TRABALHO

PRODUTIVIDADE TÓXICA: HOME OFFICE AUMENTA CASOS DE EXAUSTÃO POR EXCESSO DE TRABALHO

Pesquisa revela que 70% dos profissionais brasileiros dizem estar com cargas mais altas na pandemia

Com a chegada da pandemia e o isolamento social, o home office tornou-se uma solução para que o trabalho não parasse de uma vez. Muitas adequações foram feitas em casa, para que o ambiente se tornasse o mais apropriado, dentro do possível. Os resultados positivos são evidentes, tanto que muitas empresas entregaram seus escritórios e muitas pessoas não se veem voltando ao formato anterior. No entanto, surgiu também uma nova preocupação: a falta de limite para atividades laborais e a sobrecarga pela necessidade de produzir.

Esse comportamento pode ser muito prejudicial como um todo, pois trabalhos não deveriam impactar negativamente a saúde de ninguém e, além disso, impacta diretamente na produtividade da empresa.

A chamada ‘Produtividade Tóxica’ não é algo recente, mas agravou-se na pandemia. Segundo dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), 70% dos profissionais brasileiros dizem estar com cargas de trabalho mais altas em 2020 e 2021. O aumento se deu pela redução de equipes com metas cada vez mais rigorosas e também pela insegurança da crise no mercado de trabalho, fazendo com que funcionários sintam a necessidade de entregar cada vez mais resultados para manter seus empregos a salvo. E Isso pode levar as pessoas à exaustão profissional.

O fato do trabalho agora estar em casa acaba confundindo os sentidos, o que leva à sensação de que há uma obrigação em responder às demandas o tempo inteiro, independente do horário. Muitas vezes, enquanto se trabalha é preciso lidar com tarefas domésticas ou resolver problemas pessoais. Não há um descolamento de espaço físico sobre o momento de trabalho e afazeres de casa. Tudo acontece ao mesmo tempo, misturando relações pessoais e profissionais que deveriam ser muito bem definidas e que eram mais separadas em outros tempos. E com essa falta de limite e definição a nossa saúde mental está sendo colocada à prova o tempo todo.

O melhor caminho é uma sensatez de mão dupla, tanto dos funcionários que consigam identificar e demarcar seu horário de expediente e seu momento de descanso, bem como os chefes das equipes, que devem saber identificar sinais de que o seu colaborador está exacerbado. Chegamos em um ponto em que a produtividade tóxica provoca um sentimento de culpa quando estamos aproveitando nosso tempo de descanso. No entanto, ele é tão necessário quanto os resultados. O corpo e a mente precisam disso para desenvolver a criatividade, as atividades rotineiras e o equilíbrio mental.

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